domingo, 19 de agosto de 2007


"A Filosofia trabalha sobretudo com a produção conceitual, com a reflexão crítica e sobre os desdobramentos políticos acerca das questões socioambientais e os temas ligados à sustentabilidade e ao bem estar. Estética: “ As pessoas Têm direito à beleza!” ( SR. Aldo) Para tanto é preciso pensar um processo pedagógico participativo onde o educando possa desenvolver uma consciência crítica sobre a problemática ambiental de modo tal que a gênese e a evolução dos problemas ambientais se tornem evidentes para o educando.
Deste modo uma das primeiras atividades propostas é a intervenção, a ocupação do local que passa a ser considerado lugar de ensino-aprendizagem. A intervenção, diga-se de passagem, precisa ser compreendida como resistência, como resposta a uma situação de dominação: o lugar “terreno baldio” se constitui como um esvaziamento dos equipamentos a que os cidadãos teriam direito, o baldio é o lugar da falta: falta a praça, o posto de saúde, o parque de diversões ou mesmo um estacionamento. O “Baldio” é o não lugar, diferentemente de um lugar que pudesse reclamar o direito de permanecer vazio – uma várzea, uma capoeira – o baldio é aquele lugar que deve ser evitado, lugar dos restos não recicláveis, do escuso. Enfim, o terreno baldio é aquele que não se realizou, projeto que não foi. É a negação do próprio projeto. Lugar do ressentimento: as pessoas olham para ele e vêem o que não foi, o que poderia ter sido, a promessa não cumprida, o terreno baldio é o “não-prédio” . O terreno baldio é o descaso, aquilo que secciona dentro da já seccionada periferia. O terreno baldio é um tabu."

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